Que a celebração de hoje seja um convite a todos/as nós a conceber, primeiro, o Cristo na fé, como Maria, e um compromisso de concebê-lo por meios dos gestos e palavras que anunciem sua presença no mundo!
PAZ E BEM
Frei Regis Daher, ofm
MARIA E ZACARIAS, DUAS RESPOSTAS À MESMA PERGUNTA
«Não acreditaste nas minhas palavras» (Lc 1,20) «Feliz a que acreditou» (Lc 1,45)
A mãe de João Baptista é uma mulher velha e estéril; a de Cristo uma jovem no auge da sua juventude. João é o fruto da esterilidade; Cristo o da virgindade… Um é anunciado pela mensagem de um anjo; ao anúncio do anjo, o outro é concebido. O pai de João não acredita na notícia do seu nascimento e emudece; a mãe de Cristo acredita em seu filho e, pela fé, concebe-o no seu seio. O coração da Virgem acolhe primeiro a fé e então, tornando-se mãe, Maria recebe um fruto no seu ventre.As palavras que Maria e Zacarias dirigem ao anjo são, contudo, mais ou menos semelhantes. Quando o anjo lhe anuncia o nascimento de João, o sacerdote responde: “Como vou saber que isso acontecerá? Eu sou um velho e a minha mulher é também idosa.” Ao anúncio do anjo, Maria responde: Como vai isso acontecer se eu sou virgem?” Sim, são quase as mesmas palavras… Contudo, o primeiro é repreendido e a segunda é esclarecida. A Zacarias é dito: “Porque não acreditaste…”; a Maria. “Eis a resposta que reclamas.” Mais uma vez, são contudo quase as mesmas palavras num e noutro caso… Mas aquele que ouvia as palavras via também os corações; nada lhe está oculto. A linguagem de cada um velava o seu pensamento; mas, se esse pensamento estava oculto para os homens, não o estava para o anjo, ou melhor, não o estava para aquele que falava por intermédio do anjo. Comentário feito por Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África) e doutor da Igreja (Sermão 293 ).
Colaboração de Frei Paulo Sérgio, OFM
Anápolis/GO
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